Juve Leo arrasa completamente a gestão e as entrevistas de Varandas e diz: “Renunciamos a qualquer forma de violência”
Claque emitiu comunicado sobre decisão da direção do Sporting de rescindir contratos com as claques dos leões.
Em comunicado divulgado esta segunda-feira em reação à decisão da direção do Sporting de rescindir os protocolos assinados em julho com as claques Juventude Leonina e Diretivo Ultras XXI, a Juve Leo afirma que renuncia a “qualquer forma de violência” e a “aceitar guerrilhas internas de um clube”, negando qualquer responsabilidade no incidente com o veículo de um membro da direção ocorrido no sábado.
A claque, que tinha prometido a divulgação de um comunicado, nas redes sociais, e assim o fez, acusou também a administração do Sporting de “falta de rumo” e de desempenhar uma liderança “assente em incompetência” que precisa de “bodes expiatórios para se livrar das atenções indesejadas”. Se há “contestação”, ela “provém dos adeptos e não de nenhuma claque” e dirige-se “à atual direção”, que, segundo a claque sportinguista, merece ser criticada.
E as críticas são várias — uma “época preparada com amadorismo”, a “venda de titulares no último dia do mercado sem informar esses mesmos jogadores” e um presidente que “não tem conhecimento das pastas do clube” e tem dado entrevistas “confrangedoras”, com um “discurso pré-preparado sem qualquer conteúdo” e uma “incapacidade de articular uma frase com princípio, meio e fim”.
Sublinhando que não tem como “dever apoiar direções”, mas sim “todas as equipas do Sporting”, a claque sublinha que é “aos sócios que cabe a palavra” e levanta dúvidas sobre a licitude da decisão de rescindir o protocolo, referindo que aquela não foi “devidamente fundamentada” e que deveria ter sido “comunicada por escrito, por carta registada c/ aviso de receção ou por correio eletrónico, pelo que, até por razões de forma se reveste insuficiente a presente comunicação de término”. “Com um sem protocolos, com ou sem apoio”, a Juve Leo promete, assim, continuar a apoiar os jogadores.
Direção justifica rescisão dos contratos com aumento da violência
A direção do Sporting anunciou no domingo passado a rescisão dos protocolos assinados em julho com as claques Juventude Leonina e Diretivo Ultras XXI, justificando essa decisão com o aumento da violência. Em comunicado, a direção dos leões alegou ter havido uma “escalada da violência” no sábado, durante um jogo da equipa de futsal no Pavilhão João Rocha, no Lumiar, em Lisboa, que “culminou com tentativas de agressões físicas a dirigentes e outros adeptos do Sporting Clube de Portugal”. “É altura de dizer basta”, refere o comunicado.
“É altura de dizer basta”, refere o comunicado, que tece várias críticas à Juve Leo e DUXXI, sugerindo que têm sido “usadas para outros fins, ameaçado sócios nos estádios, recintos e assembleias gerais, usado violência física ou verbal contra atletas, treinadores, técnicos, dirigentes e outros sócios, se essa violência é gratuita ou patrocinada, se essa violência é espontânea ou instigada, se acha que está acima dos outros sócios, se ataca e desvaloriza o clube e o seu bom nome, se causa prejuízos de milhões de euros ao clube, se faz com que o clube pague centenas de milhares de euros em multas, se é notícia pelos piores motivos, se nem sequer apoia o Sporting Clube de Portugal, se faz com que os atletas sintam que ‘jogamos sempre fora’, então não está a servir o Sporting Clube de Portugal, então não está a desempenhar a função para que foi criada.”
A direção dos leões acusou ainda as duas claques em causa de não respeitarem determinadas obrigações que constavam dos protocolos assinados, nomeadamente a de apoiar os atletas do clube, “nomeadamente da equipa principal de futebol, razão primeira da celebração dos referidos protocolos”.
FONTE: TribunaExpresso