Diogo Faro finalmente rejubila com o Sporting: Coates não marcou nenhum autogolo. Não fez faltas dentro da área. Não enterrou.

O Sporting venceu o Aves, por 1-0, na estreia de Silas no clube, à 7ª jornada da Liga, e Diogo Faro finalmente ficou com esperança para o futuro. Bom, também não é assim tanta.

RENAN

Sabem o que é ser guarda-redes do Sporting nesta época e não sofrer nenhum golo? Não porque vocês não são guarda-redes do Sporting. Não sejam parvos, era uma pergunta retórica. Mas o Renan também já não sabia o que é isso. E é destas pequenas – grandes – alegrias de que é feita a vida.

MATHIEU

É demasiado bem-educado para ser jogador da bola. Num bom lance defensivo, sai com a bola controlada. O Xistra mete-se à frente dele, quando mais valia ter feito uma cambalhota artística como fez mais tarde, e fez com que perdesse a bola. O Mathieu cumprimenta-o educadamente, e o Aves, como recompensa, não lhe devolve a bola no lançamento ao solo. As boas maneiras são sub-valorizadas.

COATES

Não marcou nenhum autogolo. Não fez faltas dentro da área. Não enterrou. Fico aliviado.

ROSIER

Há vantagens em ser jogador profissional de futebol em determinados lances que, à primeira vista, parecem pouco significativos. É que ele às tantas levou uma cueca de ir às lágrimas. Como é profissional, o pessoal nem liga muito. Se isto fosse um jogo de inter-turmas, o jogo tinha parado naquele momento para toda a gente do mundo ficar a gozar com ele durante mais ou menos 3 semanas.

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EDUARDO

E de repente, o nosso melhor rematador é o Eduardo. Não desfazendo, Eduardo. Foram dois belos remates, um deles à barra. Mas o melhor rematador da equipa ser um médio defensivo é como o melhor prato de um restaurante ser o couvert.

DOUMBIA

Entre perder bolas ou rematar diretamente para a cara de jogadores do Aves, viu-se aflito para decidir o que o estava a divertir mais.

BORJA

Houve um lance que me ficou indelével na memória. Aquele em que quis adiantar a bola meio metro, só que o toque que deu na bola parecia um remate e a bola avançou o suficiente para um menino da Galiza a apanhar. Foi muito bonito.

BRUNO FERNANDES

Ia chorando quando li o post dele desta semana no Instagram. Também pela mensagem, mas acima de tudo por não ter nenhum erro ortográfico. É uma alegria (das poucas hoje em dia) ter um capitão que escreve o que escreve, sem erros, e que dentro de campo cumpre o que escreve. Por outro lado, é uma triste que seja isso que para mim seja atualmente uma alegria.

VIETTO

O miúdo tem magia nos pés. O miúdo tem talento. O miúdo tem vontade. Mas às tantas isto fica um bocado diluído quando estamos a falar de ter ganho 1-0, de penálti, a uma equipa que está abaixo da linha de água. Mas a vida é mesmo assim. Quanto mais baixas as expetativas, menores as desilusões. Já dizia a Pequena Sereia. Acho eu.

JESÉ

“Ay amor me duele tanto

Me duele tanto

Que te fueras sin decir a donde

Ay amor, fue una tortura perderte.” – Canta o Jesé em loop para a bola.

BOLASIE

De repente, com aqueles dois estirar de perna, como se ballet de pesos-pesados se tratasse, ganhou um penálti. Mais que merecido, diga-se, tendo em conta que levou um encontrão com tanta força, que deve ter sido quase com metade da força com que o Acuña costuma bater nos outros.

LUIZ PHELLYPE

Fez um remate e ganhou um canto. Só que não foi canto porque o Xistra achou que bater em dois jogadores do Aves não era o suficiente. Para a próxima é tentar acertar em 6 ou 7.

WENDEL

Trouxe alegria ao jogo. Pelo sorriso com que entrou, não pelo que jogou.


FONTE: TribunaExpresso