E Bernardo Silva, meus senhores?
Podemos começar por falar dos títulos de campeão inglês, vencedor da Taça de Inglaterra, vencedor da Taça da Liga Inglesa e Supertaça de Inglaterra. Um póquer absolutamente inédito: nunca outro clube inglês tinha juntado as quatro taças numa mesma época.
Podemos também, já agora, mencionar o título da Liga das Nações.
Podemos ainda acrescentar-lhes os troféus de melhor jogador da Liga das Nações, jogador do ano no Manchester City, membro da equipa do ano na Liga Inglesa e na Liga das Nações.
Podemos até referir os 51 jogos feitos na temporada, os 14 golos marcados, as também 14 assistências realizadas, enfim, podemos falar de muita coisa e acrescentar-lhe vários feitos.
A temporada 2018/19 foi brilhante em vários sentidos.
Infelizmente para Bernardo Silva, tudo isso parece insuficiente para os senhores da FIFA colocarem o internacional português na lista de dez finalistas ao prémio de melhor jogador do ano.
Vale a pena lembrar, por esta altura, que os dez finalistas a cada um dos prémios individuais do The Best são nomeados por um júri de especialistas. São eles que elegem a lista reduzida de dez possibilidades que depois será votada por selecionadores, capitães nacionais, jornalistas e adeptos, para se encontrar o melhor jogador do ano para a FIFA.
Bernardo Silva não cabe na lista, como não cabe Alisson, de resto, mas curiosamente há espaço nela para três jogadores que protagonizaram transferências milionárias neste verão.
O que torna muito difícil negar que estes prémios da FIFA se jogam mais fora do relvado do que dentro dele.
Desde que Messi ganhou em 2010, ultrapassando os campeões do mundo Xavi e Iniesta, que a ideia se tornou óbvia: a FIFA tem uma tendência natural para proteger os produtos de marketing que mais lhe projetam a marca. Bernardo Silva é só mais uma vítima.
FONTE: MaisFutebol