Bruno de Carvalho chama “criminoso” e “cobarde” ao juiz do caso de Alcochete
Bruno de Carvalho não perdeu tempo e já reagiu à decisão do juiz de instrução Carlos Delca que levou todos os 44 arguidos do caso da invasão de Alcochete a julgamento, esta quinta-feira. "Quem propositadamente permite que alguém seja continuamente enxovalhado, caluniado e difamado é criminoso... e cobarde", escreveu o ex-presidente do Sporting na sua conta do Twitter.
Recorde-se que em entrevista ao Expresso, o ex-presidente do Sporting disse que seria “absurdo” se viesse a ser levado a julgamento neste caso e acusou a procuradora Cândida Vilar de ter "uma agenda" ou "um distúrbio" mental.
Bruno de Carvalho, que tinha de se apresentar diariamente numa esquadra, passa agora a fazê-lo quinzenalmente, mantendo-se inalteradas as restantes medidas aplicadas: o Termo de Identidade e Residência e a caução de 70 mil euros.
Os restantes detidos serão libertados e ficarão a aguardar em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, embora em alguns casos ainda seja necessária luz verde dos serviços prisionais que vão apurar se existem condições em casa dos suspeitos para o uso da tecnologia da pulseira eletrónica. O juiz considerou que ficaram "atenuados os perigos" em relação aos factos ocorridos há pouco mais de um ano em Alcochete. E acrescenta que esta medida de coação "acautelará, de forma adequada e suficiente, os perigos que ainda se verificam, de fuga e de grave perturbação da ordem e tranquilidade públicas".
O ataque à Academia de Alcochete ocorreu a 15 de maio de 2018 e provocou ferimentos em funcionários, técnicos e jogadores do Sporting incluindo Jorge Jesus, que abandonou o clube; Bas Dost, Acuña, William Carvalho e Rui Patrício. O ataque foi combinado via Whatsapp por vários elementos da claque Juventude Leonina, incluindo Fernando Mendes, antigo líder do grupo, que se teria desentendido com o jogador Acuña no aeroporto do Funchal depois de uma derrota contra o Marítimo.
FONTE: TribunaExpresso