Júlio Mendes demite-se da presidência do V. Guimarães
A direção do V. Guimarães apresentou esta segunda-feira a demissão dos órgãos sociais do clube. Em conferência de imprensa liderada pelo presidente Júlio Mendes, o até agora líder máximo do clube justificou esta tomada de atitude baseando-se em três pilares fundamentais.
O presidente demissionário referiu que «parte dos sócios não conseguiu ultrapassar os resultados das eleições» realizadas há sensivelmente um ano, o que levou a que se instalasse no clube «um ambiente permanente de insulto, injúria e desejo de fracasso do Vitória».
Júlio Mendes apontou como exemplo para este clima o final do jogo em Moreira de Cónegos, o último da temporada. «Num dia que deveria ter sido de festa os festejos foram substituídos por insultos pelo facto de o nosso vitória ter ganho e ter conseguido os objetivos propostos», atirou Júlio Mendes.
O terceiro argumento apresentado por Júlio Mendes, para além do «ambiente de insulto» e a o facto de, na visão de Júlio Mendes, uma franja de sócios reproduzir a ideia de que a direção «não ganhou legitimante as eleições», o presidente cessante deixou críticas ao atual modelo da SAD.
A intenção passava por «mudar cirurgicamente o funcionamento da SAD sem que esta perdesse a sua essência vitoriana», de modo a proporcionar mais investimento. «Caso esta inversão não ocorra, não só será mais difícil combater as assimetrias com os clubes que ocupam os lugares cimeiros, como veremos outros clubes a aproximarem-se cada vez mais dos nossos resultados», atirou.
«Sem financiamento acionista, que se pode ser feito com a alteração do modelo da SAD, dificilmente podem ser obtidos melhores resultados desportivos. A exigência dos sócios e adeptos não é compatível com esta falta de investimento», disse.
Face a estes pressupostos, Júlio Mendes apresentou, juntamente com a restante direção, a renúncia aos respetivos cargos no clube. Júlio Mendes foi eleito presidente do Vitória em 2012, sendo reconduzido a 24 de março de 2018. De acordo com os estatutos será agora necessário um prazo de 45 dias para que a Assembleia Geral possa convocar eleições.
FONTE: MaisFutebol