Gonçalo Guedes: «Joguei com dores e fiz tudo para estar bem»
A apenas um encontro do final da temporada, Gonçalo Guedes fez o balanço de uma época «muito diferente do normal» no Valencia.
«Cheguei no final do mercado, sem minutos de jogo, apenas com um mês e meio de treinos e começar aqui com jogos da Liga dos Campeões e da liga, não foi fácil», disse o internacional português em entrevista ao jornal «A Marca».
«Tentei adaptar-me ao ritmo o mais rápido possível e quando estava quase tive a lesão e isso desanimou-me muito. Depois, o regresso também não foi fácil. Achei que seria mais fácil recuperar. Tive momentos muito maus, mas superei com o apoio de todos, da minha família e dos meus companheiros de equipa. Não fiz a temporada que gostaria, mas temos que enfrentar as dificuldades como elas são», frisou o jogador, que falou sobre as lesões que enfrentou e que obrigaram mesmo a uma cirurgia.
«Joguei com dores e fiz tudo para estar bem. Não queria deixar de ajudar a equipa, de dar o meu contributo. Por isso tentei, mas chegou a um ponto que não aguentei mais. Se jogava era porque me sentia melhor, com menos dores. Quando descansava bem, fazia os treinos e o tratamento estava bem, mas no final dos jogos doía-me muito. E chegou um momento em que decidimos que era preciso operar», explicou.
Em termos coletivos também não foi uma época fácil e Gonçalo Guedes disse que «a equipa está um pouco cansada» porque «foram muitos jogos» e «chega a uma altura em que a cabeça quer que acabem», ainda assim, disse que estão todos «muito motivados» para a final da Taça do Rei, deste sábado, frente ao Barcelona e garantiu que o Valencia «pode lutar» pelo troféu.
«O Barcelona é uma das melhores equipas do mundo, tem jogadores de grande qualidade, um treinador e uma equipa técnica muito boa, é um grande clube. Seguramente vão querer ganhar, por muitos títulos que tenham, é sempre bom ganhar mais um», avisou o internacional português, lembrando que «é preciso ter muita atenção a Messi», «um dos melhores jogadores do mundo».
E faz alguma promessa se vencer a Taça? «Uma vez fiz uma promessa e não gostei. Tive de rapar a cabeça. Foi há sete anos e não volto a fazer», garantiu o jogador, que até fez questão que as provas desaparecessem. «Não há fotografias, apaguei-as todas».
FONTE: MaisFutebol