Deixem a banda passar

Foi curta a passagem do Benfica pelo segundo lugar. Depois do triunfo do FC Porto em Portimão, os encarnados passaram a noite fora da liderança, mas estão de regresso, graças ao triunfo na receção ao Vitória sadino (4x2). Uma exibição personalizada do velocistaRafa Silva e ainda do carteiroJoão Félix fizeram a noite da equipa de Bruno Lage.

Podia ter ficado logo resolvido na primeira parte
As águias estavam ‘under pressure’ e obrigadas a ultrapassarem o Vitória FC para não perderem de vista o FC Porto. Apenas uma alteração ao onze face à fórmula vencedora de Santa Maria da Feira, com o regresso do castigado Rafa Silva para o lugar de Adel Taarabt. E que regresso!

Ainda alguns adeptos entravam no Estádio da Luz, na procura do lugar para assistirem ao espetáculo, e já a banda de Bruno Lage tinha dado os primeiros acordes. O maestro João Félix deu ordem de entrada a Rafa Silva e o solista motivou a primeira onda de aplausos logo aos 50 segundos.

Tudo simples. A toada da águia teve mais momentos altos na primeira parte e só desafinou em duas ocasiões. Primeiro, Pizzi desperdiçou uma grande oportunidade para se mostrar à plateia, mas foi traído por Makaridze, que adivinhou o tempo de toque do internacional português. Isto tudo depois de excelente combinação entre o próprio Pizzi, Seferovic e João Félix. O outro deslize já lá iremos.

Os aplausos da exigente plateia da Luz regressaram aos 36 minutos, quando Vasco Fernandes errou o tempo de entrada em cena e foi ultrapassado e surpreendido pelo toque de Félix, com este a dar o protagonismo a Rafa Silva. Que espetáculo!

Antes do intervalo, Berto teve o seu momento e passou por onde ninguém esperava - túnel a Ferro - e deu em Rúben Micael para este adornar para Nuno Valente resfriar o espetáculo da orquestra de Bruno Lage.

Momento Félix
Depois de proporcionar dois momentos de glória a Rafa, João Félix voltou as atenções para si. O menino bonito antecipou-se à concorrência sadina e atirou para terceira dose de aplausos, servido na perfeição por Pizzi. Motivo para festejar com o irmão Hugo Félix.

Houve mais tranquilidade, bons apontamentos técnicos e novo momento sublime. Rafa imaginou e Seferovic concretizou perante a incapacidade setubalense de interromper uma melodia perfeita.

Na parte final do espetáculo número 29, Rúben Dias desafinou quando apanhou Vasco Fernandes no caminho. Rui Costa não perdoou e assinalou castigo máximo contra as águias. Jhonder Cádiz, a grande estrela da segunda volta do Vitória FC, castigou Vlachodimos com um toque sublime na marca dos onze metros.

Repetiu-se assim o número do encontro europeu com o Eintracht (4x2) e deu-se o regresso ao topo do Campeonato português. Mais um risco positivo nas pretensões do conjunto liderado por Bruno Lage.


FONTE: Zerozero.pt