Sérgio Conceição: "Se pudesse, ao intervalo tinha tirado sete ou oito jogadores. Quem está no FC Porto tem de ter mentalidade muito forte"
Técnico dos dragões insatisfeito com a exibição da sua equipa frente ao Sp. Braga, valorizando ainda assim a passagem à final da Taça de Portugal.
Pouca agressividade
“Há que valorizar o facto de estarmos na final, porque no ano passado acho que fomos superiores ao Sporting nas meias-finais. No geral da eliminatória fomos superiores ao Sp. Braga, 4-1 nos dois jogos. Mas hoje não fomos a equipa que costumamos ser: pouco agressivos, alguma passividade, dificuldade em ter bola. Passeámos as camisolas do FC Porto por Braga e eu não gostei”
Trocas na 2.ª parte
“Não estávamos a conseguir controlar os movimentos do Horta por dentro, constantemente a perder a segunda bola… tinha de mexer. Se pudesse ao intervalo tinha tirado sete ou oito jogadores, só que não podia. Não é em termos estratégicos ou em termos táticos: o importante era a mentalidade ser outra. Eu compreendo também porque fui jogador, quando se está a ganhar 3-0 e quando a 90 minutos de uma final e mudanças na equipa é normal que isto aconteça, mas não devia ser. Não estou satisfeito. Se o onze que começou podia ter feito mais? Claramente que sim. E fico frustrado e desiludido. Quem está no FC Porto tem de saber que para lá da qualidade como jogador tem de ter uma mentalidade muito forte. Isso tem acontecido, mas hoje fiquei desiludido”
Entrada de Loum
“O Yacine estava no banco, por isso estava disponível. O Loum entrou porque eu senti que o Óliver não estava bem naquilo que eu queria no jogo. O Loum não entrou por ser um prémio ou para ele ficar feliz, entrou porque a equipa precisava de um médio com as características dele”
Castigo
“Estive no autocarro até à última sem saber se podia estar no banco ou não. Não percebo a expulsão, não percebo os insultos. Isso num estádio é normal, não estamos num coro da igreja, estamos num jogo de futebol. Estamos num ambiente em que as emoções estão à flor da pele. Não entendo os oito dias de castigo, não entendo. Não entendo insultos que vêm de pessoas da sociedade portuguesa. Estão a fazer de tudo para desestabilizar”
FONTE: TribunaExpresso