Assim o Jamor até parece fácil
E a final da Taça já ali...Numa demonstração de força, o FC Porto recebeu e bateu o Sporting de Braga por 3x0 e encaminhou a passagem ao jogo decisivo da Taça de Portugal.
Se o cenário já estava mau para o Sporting de Braga, pior ficou no último lance da partida. Óliver descobriu Brahimi e o argelino deu uma montanha de conforto para a segunda mão.
Nem foi preciso brilhar
Chegado ao Dragão sem Paulinho mas com Fransérgio a fazer companhia à referência Dyego Sousa, o Braga entrou melhor na partida. Os bracarenses aproveitaram alguma desconcentração portista e construíram um par de jogadas perigosas, nascidas através de transições rápidas. O único a criar perigo, ainda assim, foi Wilson Eduardo, num remate desviado por Telles e que quase traiu Fabiano, o homem das balizas na Taça.
Nas bancadas começava a sentir-se um certo desconforto perante alguma facilidade bracarense em atacar a linha defensiva. Herrera, Óliver e Otávio puxaram dos galões e, com passe, criatividade e inteligência, empurraram a capacidade pressionante do adversário para trás.
Apesar do domínio territorial, no último terço o Dragão (muito por culpa de uma dupla atacante desconectada) teve pouca capacidade para criar verdadeiro perigo. A solução foi encontrada nos lances de bola parada, com Pepe a subir ao terceiro andar num par de vezes e a obrigar Marafona a duas belas defesas. Mas o guardião arsenalista ainda estava para borrar a pintura...
Perto da meia hora de jogo, o internacional português foi displicente e abalroou Herrera dentro da área. João Pinheiro ainda consultou o VAR, a grande penalidade foi atrasada devido a problemas de comunicação entre a equipa de arbitragem, mas Telles chamou-lhe um figo. E o Braga continuou até ao apito do árbitro a demonstrar o contrário dos primeiros quinze minutos: uma total incapacidade de assustar o último terço azul e branco.
Senhor Óliver
Apesar de começar com mais bola do que o seu adversário, o FC Porto voltou a sentir, no início do segundo tempo, o perigo dos atacantes do Sporting de Braga. Dyego Sousa, no movimento mais interessante da equipa de Abel em todo o jogo, com direito a passe de Horta e exploração do espaço por Wilson, obrigou Fabiano a uma defesa com poucos - se alguns - precedentes com a camisola azul e branca. Daquelas que valem...passagens a finais.
Mas este Dragão andou sempre muito confiante...Sem nunca encantar, a equipa de Sérgio Conceição voltou a estabilizar o seu jogo de controlo a meio campo e criou uma grande oportunidade, por Corona - bela defesa de Marafona -, antes do golo da tranquilidade. Soares aproveitou um corte incompleto para, qual felino, deixar o público em êxtase. Uma vantagem de dois golos era ouro sobre azul...
Por esta altura, Óliver Torres jogava de cadeirinha. O espanhol roubou o esférico à reação frágil bracarense e produziu alguns dos lances mais bonitos da partida, enquanto na retaguarda Felipe e Pepe tratavam de anular um desinspirado Fransérgio e um cansado (ficamos com essa ideia) Dyego Sousa.
Conceição teve tempo para lançar alguns dos presumíveis titulares para sábado e um deles, Brahimi, tratou de deixar o Dragão ainda mais perto do Jamor. Um bilhete lá para dentro, após uma grande jogada de Óliver, e uma goleada que dá ainda mais confiança para o clássico.
FONTE: Zerozero.pt