Varandas, o presidente. Varandas, o socorrista.
Durante alguns minutos, uma pausa no futebol.
Na semana passada, após a vitória do Sporting frente ao Sp. Braga nos penáltis, o coração de José Ramos, adepto dos leões, não aguentou a emoção. Sentiu-se mal, levou as mãos ao peito. A exaltação deu lugar ao susto. Estava eminente um ataque cardíaco.
Ao aperceber-se da situação, Frederico Varandas, presidente do Sporting e médico de formação, decidiu intervir. Saltou as barreiras metálicas que o separavam dos adeptos para ajudar. Iniciou as manobras de socorro que permitiram salvar a vida de José Ramos.
Por vários motivos, esta não foi a história daquela noite. Deu-se espaço a Renan-guarda-redes-herói e às críticas à arbitragem.
José Ramos, 51 anos, é portador de um CDI (cardioversor desfibrilhador implantável) e fala esta segunda-feira à “Bola” como tudo aconteceu. Como é óbvio, tem vários elogios para Varandas. “A sua acção foi determinante, ele sabia o que fazer numa situação daquelas. As pessoas que ali estavam não sabiam”, diz.
O adepto estava no estádio acompanhado pelo filho de 16 anos. “Percebi que o presidente também estava preocupado em tranquilizar o meu filho. Isso também me marcou. Estive sempre consciente. Só tenho de lhe agradecer. Obrigado, presidente!”, contou ao desportivo.
Segundo o desportivo, José Ramos foi convidado a assistir ao dérbi com o Benfica na tribuna presidencial de Alvalade. E aceitou o convite.
FONTE: TribunaExpresso