Passou de jogar no Palmeiras a limpar sarjetas e não tem vergonha disso
Jorge Preá teve uma carreira futebolística onde passou pelo Palmeiras e pela Correia do Sul. Contudo, aos 35 anos está longe de ter a vida de sonho que muitos associam ao período após um jogador pendurar as chuteiras.
Este brasileiro agora ganha a vida dignamente a limpar sarjetas. Trocou as chuteiras e as camisolas pelas botas, capacete, luvas e óculos e desempenha a sua função de cabeça bem erguida.
O facto de o último clube onde jogou não lhe ter pago o ordenado e de a sua esposa estar à espera do quinto filho, levou Preá a aceitar este trabalho, sugerido por um familia.
"Nunca me senti menosprezado. O meu filho mais velho (Kaique, de 15 anos) gostava que eu voltasse a jogar, mas ele sabe no que o pai trabalha e isso nunca foi um problema. Digo a toda gente, é preciso trabalhar. Joguei no Palmeiras há dez anos, mas isso não me dá dinheiro", afirmou em declarações ao UOL Esportes.
O antigo diz que ajuda a cidade a evitar as enchentes em tempo de chuva e que "vergonha deve ter quem atira lixo para o chão", que depois vai entupir as sarjetas.
Quando jogava no Palmeiras chegou a auferir oito mil euros por mês. No entanto não fez a fortuna que normalmente se associa aos futebolistas, já que nunca protagonizou uma grande transferência.
Dos seus tempos do futebol restam apenas a casa onde vive com a família e o apartamento que ofereceu à sua mãe.
"Com o primeiro contrato que fechei, comprei uma casa para minha mãe. Um apartamento, era uma prioridade. E antes de me retirar construí minha casa", referiu.
A mulher, Ingrid, é um dos seus grandes apoios... "É uma mulher guerreira. Está comigo antes da carreira no futebol. Nos momentos bons e nos ruins. Estamos juntos para qualquer hora", concluiu.
FONTE: AdeptosDeBancada